O desenvolvimento do pensamento, mais que um simples processo lógico, desenvolve-se em resposta a desafios vitais. Sem o desafio da vida o pensamento fica a dormir... O pensamento se desenvolve como ferramenta para construirmos as conchas que a natureza não nos deu. (Rubem Alves)

29.9.06

ESCOLA INCLUSIVA

A experiência em diversos países indica que há um conjunto de características gerais que são comuns as boas escolas. São as seguintes:

1.Liderança eficaz da equipe diretora da escola, preocupada em satisfazer às necessidades de todos os alunos .O êxito ou o fracasso das tentativas para introduzir novas políticas e práticas na escola depende em grande medida da atitude da equipe diretora da escola (isto é diretor ou conselho diretor). Eles têm de demonstrar por palavras e obras que estão empenhados na iniciativa (qualquer que ela seja) e que a consideram prioritária. É particularmente importante a forma como o tempo é
gerido, a distribuição dos recursos, o apoio e estímulo pessoal dado a todos os que vão desempenhar um papel-chave.
2.Pessoal docente convencido de que pode ajudar todas as crianças a aprender . Mais uma vez, a atitude é um fator fundamental. Nas escolas que conseguem atender os alunos com dificuldades especiais, existe um sentimento de otimismo em toda a equipe de professores, que é consciente de
que a sua atuação pode influenciar a vida das crianças. Trabalham com confiança e expectativas elevadas em relação ao seu próprio sucesso, qualidades que os alunos podem reconhecer. Quando os professores são otimistas os alunos também tendem a sê-lo.
3.Certeza de que todos os alunos podem ter sucesso . Esse aspecto está ligado com o anterior. Se a equipe de professores não tem confiança no que está fazendo, não poderá estar convencido que tem
alguma coisa a oferecer a todas as crianças. Para os alunos terem êxito, as solicitações que lhes são feitas devem ter em conta os seus interesses, experiências e conhecimentos. Deve também haver um certo grau de flexibilidade na organização da escola.
4.Disposições para apoiar individualidade os membros da equipe docente . As escolas que conseguem satisfazer as necessidades especiais das crianças são também capazes de satisfazer as necessidades especiais dos professores. Um ambiente de cooperação e apoio estimula os professores e leva-os, por sua vez, a criar um clima semelhante na sua aula. Desse modo quando uma escola deseja melhorar seu trabalho com as crianças, deve começar por melhorar os meios de apoio a cada um dos professores que lá trabalham.
5.Vontade empenhada de proporcionar uma grande variedade de oportunidades curriculares a todas as crianças. Esse aspecto implica reconhecer que todos os alunos têm direito a participar do mesmo tipo de experiências curriculares. Essa abordagem constitui uma mudança significativa com relação ao apoio pedagógico considerado como meio de ajudar os alunos a ultrapassar suas dificuldades. É
também uma abordagem difícil de implementar e requer, por parte dos professores, um esforço e uma flexibilidade consideráveis.
6.Procedimentos sistemáticos para controlar e avaliar o progresso . As escolas que ajudam todas as crianças a aprender estabelecem procedimentos de avaliação contínua do progresso alcançado pelos alunos. A forma e natureza desses procedimentos podem variar consideravelmente, embora essa política educativa deva ser aplicada de forma coerente em toda a escola. A tônica dessa política está em reconhecer as contribuições individuais, elogiar as realizações, controlar a adequação do currículo e recolher informação que pode ser usada para tornar o ensino mais eficaz. Em
outras palavras, a abertura e a flexibilidade do currículo refletem a abertura e o equilíbrio do registro dos progressos. Muitas escolas consideraram conveniente rever a política e as práticas
existentes a fim de chegar a um acordo sobre um plano de avaliação. Implicar toda a equipe de professores nessa revisão de políticas pode ser também importante para fomentar a colaboração entre professores.

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