O desenvolvimento do pensamento, mais que um simples processo lógico, desenvolve-se em resposta a desafios vitais. Sem o desafio da vida o pensamento fica a dormir... O pensamento se desenvolve como ferramenta para construirmos as conchas que a natureza não nos deu. (Rubem Alves)

22.8.08

ATIVIDADES E ESTRATÉGIAS

Quem tem deficiência é capaz de muita coisa:
ler, escrever, fazer contas, correr, brincar e até ser independente.A grande novidade é que, se a criança for estimulada a descobrir seu potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz.

DEFICIENCIA VISUAL
O mundo pelo toque

A TURMA SE APRESENTA
Para fazer com que a turma acolha e se entrose bem com o novo colega, combine com as crianças que elas, uma por dia, o acompanharão ao pátio, ao banheiro,
até a perua escolar etc. Em geral elas se entusiasmam com essas incumbências.

VENCENDO OS MEDOS
É comum a criança com deficiência visual sentir desconforto e até medo de mexer com alguns materiais,
como cola. Mostre que você mesmo costuma tocar no material em questão, estimulando-a a fazer o mesmo para mostrar que não há mal nenhum em manipular e se sujar.

BRINCADEIRA EM DUPLA
Nas aulas de Educação Física, privilegie atividades feitas ao pares, como o pique-pedra, em que as duplas
têm de correr para não serem pegas e virarem estátua. Assim o colega ajuda na orientação espacial do aluno cego.

CAIXA MÁGICA
Para criar um vínculo de confiança com o aluno, o professor prepara uma caixa cheia de objetos do cotidiano, como retalhos de pano, pedaços de plástico,
perfume, pó de café, palha de aço e formas geométricas. O aluno com deficiência visual será convidado a, periodicamente (pode ser todo dia), pegar uma das coisas e descrevê-la diante da classE.

DEFICIENCIA MENTAL
O tempo de cada um

PROPORÇÃO
O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental.
Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folhas de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele também visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra
de acordo com o espaço.

INTEGRAÇÃO
É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem-vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e o apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.

VARIEDADE
Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental (e sem deficiência também) nem sempre aprendem por meio de folhas com exercícios impressos, livros didáticos ou material concreto de Matemática. Elas podem se identificar mais com músicas, passeios, desenhos,
vídeos ou debates.

DEFICIÊNCIA FÍSICA
Sem obstáculos para o saber

BEM-ESTAR FÍSICO
Procure saber sobre o histórico pessoal e escolar do aluno com deficiência, informe-se com a família e o médico sobre o estado de saúde e quais os efeitos dos
remédios que ele está tomando. Esse conhecimento é a base para sugerir qualquer atividade que exija esforço físico. Os exercícios podem, por exemplo, interferir na metabolização de medicamentos.

HABILIDADES BÁSICAS
Para ajudar a criança com deficiência física nas habilidades sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-se,
arremessar e pegar objetos, parar e mudar de direção. Proponha jogos nos quais o aluno faça escolhas
(passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos), para que ele perceba o controle que pode ter sobre o corpo.

INTERAÇÃO
Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a troca de idéias, a expressão de
emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas atividades.

PEÇAS IMANTADAS
Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar a formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos braços.

Deficiência auditiva
Além do silêncio

ATITUDE DO PROFESSOR
Em sala, fale sempre de frente para o aluno surdo (se ele souber ler lábios), escreva no quadro e utilize textos impressos.

INFORMAÇÕES EM IMAGENS
Enriqueça as aulas produzindo murais com palavras, conceitos e conteúdos (a classificação gramatical das palavras, a conjugação de verbos, os dias da
semana, os meses, as festas etc.). Você pode ainda elaborar pastas temáticas com imagens para cada
assunto estudado.

GRAMÁTICA
Faça jogos com fichas sobre questões gramaticais com respostas alternativas e destaque a correta. O adversário lê a pergunta e vê a resposta certa. Quem
errar perde a vez. Se a criança surda não souber ler lábios, peça para um aluno escrever as questões num papel ou no quadro. Outra brincadeira interessante
pode ser feita recortando períodos ou frases de um texto e embaralhando-os. As crianças devem ordená-los, treinando a seqüência lógica e o uso de palavras
que fazem a ligação entre os trechos.

COMPREENSÃO DE TEXTO
Para saber se o aluno surdo entendeu um texto, peça que ele desenhe período por período. Isso mostra quais palavras se perderam ou não foram entendidas.
Faça também perguntas que remetam aos elementos da sentença: Quem? O quê? Onde? Assim, o aluno aprende a conjugação verbal e o uso de preposições, artigos e conjunções

Deficiência múltipla
Sentir a vida

ROTINA DA ESCOLA
Estabeleça símbolos na sala de aula para que um aluno surdocego compreenda, aos poucos, sua rotina
escolar: ao entrar na sala, ele toca a porta, o quadro e o giz, sempre na mesma ordem e com a ajuda do
professor ou de um colega; antes de iniciar uma atividade, ele pode passar as mãos nas folhas de um caderno. O mesmo mecanismo serve para a hora do lanche e de ir embora.

RODA DE BRINCADEIRA
Observar o comportamento das crianças sem deficiência
ajudaaquelas que têm deficiência múltipla a se desenvolver.Por isso, faça jogos e brincadeiras
que reúnam a turma no final das aulas. Se o aluno com paraplegia, por exemplo, tem dificuldade para se movimentar, sente-o no chão (se o médico autorizar),
em roda com os demais, e proponha uma atividade em
que eles usem as mãos e os braços.

INCENTIVO AO MOVIMENTO
É possível estimular a criança de pré-escola que não engatinha. Deitada numa cama elástica, ela sente as oscilações causadas pela atividade dos colegas. Vê-los
engatinhando e rolando a leva a tentar os mesmos movimentos. Se o médico autorizar, deixe-a
o mínimo tempo possível na cadeira de rodas. Ela se sentirá instigada a se mexer ao se sentar com
os colegas num tapete ou tatame.

HISTÓRICO DO ALUNO
Pesquise tudo sobre a criança: de onde ela vem, como é a família, como se comunica e quais as
brincadeiras preferidas. Na avaliação, valorize a evolução do aluno, dentro de seus limites, e não os resultados. Afinal, em certos casos há um grande avanço entre chegar sem falar e depois participar
das aulas oralmente.

Fonte: Revista nova escola -
Edição Esp_011- Outubro 2006

23.3.08

Materiais: SURDO, SURDEZ E LIBRAS

NÍVEIS DE SURDEZ E APARELHOS
Pode-se dividir a perda auditiva em 5 categorias + Anacusia.
(conforme Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999)


Surdez leve:perda auditiva entre 25db e 40db

Surdez moderada:perda auditiva entre 41db e 55db

Surdez acentuada:perda auditiva entre 56db e 70db

Surdez severa:perda auditiva entre 71db e 90db


Surdez profunda:perda auditiva acima de 91db

db=decibéis

Anacusia: este termo significa falta de audição, sendo diferente de surdez, onde existem resíduos auditivos. Audição Considerada Normal - perda entre 0 a 24 db nível de audição.

Saiba mais sobre aparelhos - clique aqui


TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA:
Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha interna tem capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).

COMUNICAÇÃO GESTUAL

Existem várias formas de comunicação gestual : Português sinalizado; Libras; mímica; pantomima, alfabeto manual, comunicação total, bilingüismo e outros.

UNIVERSALIDADE

Ao contrário do que muitos pensam, a língua de sinais não é universal, nem mesmo a nível nacional existe uma padronização, inda mais em um país de grandes dimensões como o nosso. Em uma cidade como São Paulo podemos observar até certos "bairrismos". Grupos de surdos possuem sinais diferentes para uma mesma situação.
Saiba sobre a a educação de surdos no Brasil - Aqui
Em cada país a língua de sinais tem uma estrutura diferente, embora muito parecida. No Brasil a Libras, nos Estados Unidos o American Sign Language - ASL, e assim por diante. Só no continente africano temos 25 línguas gestuais. Em nossa américa são 21 - Geralmente chamadas de Lingua Gestual.

ALFABETO DE SINAIS

Você deve conhecer o alfabeto brasileiro de sinais. Embora muito utilizado, não pense que cada palavra numa comunicação com um surdo será feita desta forma, soletrada. Existem sinais para palavras inteiras e até para sentenças. Isto facilita e agiliza a comunicação, porém tais sinais devem ser utilizados dentro de uma estrutura - a Libras.
Também é muito comum observar sinais iguais para objetos ou palavras diferentes, mas isto não dificulta o aprendizado desta língua.
Existem pessoas treinadas para realizar o trabalho de INTÉRPRETES da Libras. Não é o bastante saber sinais, há de ser respeitado um código de ética e conduta, além de outros pontos que você aprende em curso próprio

APRENDA SINAIS

O aprendizado da língua de sinais é uma delícia. É surpreendente a riqueza desta língua e a facilidade de assimilação. A importância dela para o convívio com surdos, e a necessidade de familiares a dominarem para comunicação efetiva, faz com que a necessidade de aprender Libras aponte para cada um de nós.
Você pode aprender língua de sinais com professores Surdos, devidamente habilitados pela Feneis, em igrejas, comunidades e escolas. Pode aprender também através do convívio com algum surdo. Tenha certeza que ele terá enorme prazer em ensiná-lo e toda a paciência do mundo.

FATORES DE RISCO

Fatores de risco para a surdez do bebê - 0 a 28 dias

HISTÓRIA FAMILIAR - ter outros casos de surdez na família

INFECÇÃO INTRA-UTERINA - provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose

ANOMALIAS CRÂNIOS-FACIAIS - deformações que afetam a orelha e/ou o canal auditivo (p.ex.: duto fechado)
PESO INFERIOR A 1.500 GR AO NASCER

HIPERBILIRUBINEMIA - doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirubina. Ele precisa tomar banho de luz e fazer exosangüíneo transfusão

MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS - uso de antibióticos do tipo aminoclicosídeos que podem afetar o ouvido interno - SAIBA MAIS

MENINGITE BACTERIANA - a surdez é umas das conseqüências possíveis quando o bebê tem este tipo de meningite

NOTA APGAR MENOR DO QUE 4 NO PRIMEIRO MINUTO DE NASCIDO E MENOR DO QUE 6 NO QUINTO MINUTO - Todo bebê quando nasce, recebe uma nota, composta por uma avaliação que inclui muitos fatores. Apgar era o nome do médico que inventou o teste.

VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS - quando o bebê teve que ficar entubado por não conseguir respirar sozinho

OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - p.ex.: Síndrome de Down ou de Waldemburg

Fatores de risco para a surdez da criança - 29 dias a 2 anos

OS PAIS DEVEM OBSERVAR SE HÁ ATRASO DE FALA OU DE LINGUAGEM - aos 7 meses ele já deve imitar alguns sons; com 1 ano já deve falar cerca de 10 palavras e com 2 anos o vocabulário deve estar em torno de 100 palavras

MENINGITE BACTERIANA OU VIRÓTICA - esta é a maior causa de surdez no Brasil

TRAUMA DE CABEÇA ASSOCIADA À PERDA DE CONSCIÊNCIA OU FRATURA CRANIANA

MEDICAÇÃO OTOTÓXICA - uso de antibióticos do tipo aminoglicosídeos que podem afetar o ouvido interno

OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - por ex.: Síndrome de Down e de Waldemburg

INFECÇÃO DE OUVIDO PERSISTENTE OU RECORRENTE POR MAIS DE 3 MESES - OTITES - SAIBA MAIS

Fatores de risco para a surdez do adulto

Além daqueles encontrados nas crianças, os adultos podem adquirir a surdez através de:

Uso continuado de aparelhos com fone de ouvido (I-Pod, MP3, etc)
Trabalho em ambiente de alto nível de pressão sonora
Infecção de ouvido constante e acidentes

VEJA TAMBÉM:
HRAC-USP, Bauru-SP: subsídios para uma política de intervenção

Resumo
A deficiência auditiva há muito vem sendo estudada e à medida que as causas determinantes de tal alteração são explicitadas há permissão de adequações de procedimentos e processos de (re)habilitação, assim como adoção de estratégias preventivas.Fatores como região, sexo, grupo socioeconômico e idade são dados de fundamental importância para que se possa realizar um planejamento de serviços audiológicos.A presente pesquisa delineou o perfil das crianças atendidas no Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais (HRAC) - USP - Bauru, com a finalidade de proporcionar subsídios para trabalhos de intervenção, prevenção e (re)habilitação do deficiente auditivo. Foram analisados 1.300 prontuários, ou seja, 10% da população total dos pacientes do hospital até 1998, onde participaram de análise 580 deles.Constatou-se que as principais etiologias foram a rubéola e a meningite na população infantil, sendo a maioria de classe socioeconômica baixa e provenientes da região Sudeste.Com os dados obtidos, outras pesquisas poderão ser feitas e mudanças realizadas para melhorias na qualidade do atendimento ao deficiente auditivo.


Esta cartilha, disponibilizada em Set/2005, foi elaborada voluntariamente pelos alunos da 22.turma da Fundação Vanzolini (USP-SP) com nossa colaboração.

Ela foi elaborada, para que a população possa ter fácil acesso a informações básicas sobre surdez. Queremos que você aproveite bem este material e o divulgue para que os surdos conquistem seus direitos de cidadão.

Acesse aqui a cartilha



Esta apostila está sendo disponibilizada para ajudá-lo em seu aprendizado pessoal. Também poderá ser usada para ministração de cursos. Nestes casos pedimos sua colaboração no seguinte sentido:

Respeite nosso trabalho mantendo todas as informações. Não acrescente ou retire nenhuma palavra, texto ou foto.
Saiba que este material é básico, podendo ter variações conforme a região.
Queremos que, além de praticar os sinais, você crie o interese em conhecer melhor a comunidade surda, a cultura surda e aspectos da surdez.
Na medida do possível, mande-nos observações, sugestões e informações que achar necessário.
Para reprodução acima de 15 exemplares solicite autorização prévia
Bom proveito.

Acesse aqui a apostila

LIVROS MEC SOBRE SURDEZ

Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - V1 - Acesse aqui
Ensino de Língua Portuguesa para Surdos - V2 - Acesse aqui
Idéias para ensinar Língua Portuguesa a Surdos - Acesse aqui

Fonte: SURDO.ORG

1.3.08

Objeto de Aprendizagem “Um Dia de Trabalho na Fazenda”


Os Objetos de Aprendizagem (OA) são ferramentas auxiliares no processo de ensino e aprendizagem de conceitos disciplinares, disponíveis na internet. Conforme Beck (2002, apud WILEY) são:

qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para o suporte ao ensino. A principal idéia dos Objetos de Aprendizado é quebrar o conteúdo educacional em pequenos pedaços que possam ser reutilizados em diferentes ambientes de prendizagem, em um espírito de programação orientada a objetos (p. 1).

Esses objetos são elaborados para serem utilizados na rede regular de ensino de todo o País, mas sua utilização ainda é limitada em razão da falta de infra-estrutura das escolas.
Porém, com o acesso cada vez maior às tecnologias, essa realidade está mudando, e é importante a existência de um vasto repositório de objetos para atender à demanda de escolas públicas brasileiras. É importante ressaltar que há a preocupação por parte de pesquisadores e educadores de que esses objetos possam ser explorados principalmente por pessoas que apresentem algum tipo de deficiência. Para tanto, é necessário pelo menos estar preocupado em torná-los acessíveis.

Conforme indica o Guia do Professor, o Objeto de Aprendizagem “Um Dia de Trabalho na Fazenda” tem como objetivos:

- Correspondência biunívoca: base fundamental para a contagem, com a qual a criança deve entender que, para se contar corretamente os objetos de alguma coleção, ela deve computar apenas uma vez cada objeto;

- Ordenação: compreender a importância de ordenar para evitar a repetição e também não deixar de contar nenhum objeto;

- Inclusão de classes: entender que cada número contado inclui seus antecessores, ou seja, o último objeto contado é o número de objetos do conjunto. Os números não existem de forma isolada;

- Conservação de número: o aluno depois de contar um conjunto, não subtraindo ou adicionando algum elemento a esse, deve conservar a quantidade inicial de elementos mesmo que a sua disposição se altere; e

- Relacionar conjuntos: fazer com que as crianças coloquem todos os tipos de objetos em todas as espécies de relações.

Assim, para atingir tais objetivos os alunos são colocados diretamente com algumas situações-problema, em um contexto de uma fazenda/campo, o que colabora para que a aprendizagem ocorra de maneira significativa.

Acesse o site: RIVED

Depois que acessar o site, pesquise objetos de aprendizagem de matemática; lá você irá encontrar este objeto. Leia o Guia do Professor, depois peça para visualizar o objeto e aproveite com seus alunos.



Sugestões para ensinar todos os alunos da classe

Você já pensou sobre isto?

• Convença-se que todos os seus alunos sabem alguma coisa e que todos podem aprender, cada um de acordo com seu jeito e com seu tempo próprios;
• Tenha altas expectativas em relação a todos os seus alunos, pois eles só aprenderão se você acreditar que isso é possível;
• Renuncie à idéia de que somente você tem algo a ensinar na classe e acredite que seu aluno também tem seu próprio saber;
• Dê oportunidades para o aluno aprender a partir do que sabe e chegar até onde é capaz de progredir. Afinal, os alunos aprendem mais quando tiram suas dúvidas, superam incertezas e satisfazem curiosidade;
• Promova o diálogo entre os alunos e suas diferentes características étnicas, religiosas, de gênero, de condição física;
• Faça com que todos interajam e construam ativamente conceitos, valores, atitudes, em vez de priorizar o ensino expositivo em sua sala de aula.

Fonte:
PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO, O Acesso de Pessoas com Deficiência às Classes e Escolas Comuns da Rede Regular de Ensino, [artigo online] . 2003.

Reflexão muito útil para sala de aula

Este texto foi escrito por uma mãe que tem um filho com deficiência. Foi assim que ela conseguiu explicar para outras pessoas qual é a sensação de ser mãe nestas condições. Espero que esta reflexão seja útil para a sua sala de aula, também.







BEM VINDO À HOLANDA!
por Emily Perl Knisley

Freqüentemente sou solicitada a descrever a experiência de dar à luz uma criança com deficiência. É uma tentativa de ajudar pessoas, que não tem com quem compartilhar essa experiência única, a entendê- la e imaginar como é vivenciá-la. Seria como...
Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias para a Itália!
Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelangelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases simples em italiano. É tudo muito excitante. Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. O comissário de bordo chega e diz: - “BEM VINDO À HOLANDA!”
“Holanda!? diz você, o que quer dizer Holanda?!? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado à Itália. Toda a minha vida eu sonhei em conhecer a Itália.” Mas houve uma mudança de plano de vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.
A coisa mais importante é que não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente. Logo , você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
É apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas, após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor... e começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrandts e Van Goghs. Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália. .. e estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda a sua vida, você dirá: “Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu
havia planejado.” E a dor que isso causa, nunca, nunca irá embora. Porque a perda desse sonho é extremamente significativa. Porém... se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não haver chegado a Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas muito especiais... sobre a Holanda.

Fonte:Trecho extraído do texto de Sandra Mary Mansueti Ribeiro. Sandra comemora o aniversário de 10 anos de seu filho G a b r i e l. [depoimento online]. Disponível em . Out. 2002.

Ferramentas de Acessibilidade do Windows XP

Parte 1: Lente de aumento e Teclado Virtual

Lente de Aumento

A Lente de Aumento, assim como todos os outros utilitários das Ferramentas de Acessibilidade, se encontra em Menu Iniciar > Programas > Acessórios > ferramentas de Acessibilidade. Basta clicar no atalho para o programa ser iniciado.





A primeira tela da lente de aumento explica qual a sua função: proporcionar uma melhor leitura para pessoas com deficiência visual. Caso você queira que esta tela não se abra mais quando o programa for iniciado, marque a opção Não exibir esta mensagem novamente.











Na parte superior da tela, uma barra horizontal mostrará o texto de maneira aumentada e basicamente este é o funcionamento da lente de aumento. Você pode clicar e arrastar a "lupa" para qualquer lugar na sua área de trabalho.






Nível de Ampliação: Aqui você define a "potência" da lupa e quanto maior o número, maior a lupa.

Seguir o cursor do mouse: Ao ser marcada, a lupa seguirá o cursor do mouse, mostrando o que estiver em volta do mesmo.
Seguir o foco do teclado: Ao ser marcada, a lupa aumentará o foco usado com o teclado (usualmente com a tecla Tab, em caixas de diálogo)
Seguir a edição de texto: Ao ser marcada, a lupa aumentará o texto que estiver sendo digitado no momento.

Configurando a Lupa - Inverter cores: Ao ser marcada, as janelas mostradas na lupa aparecerão com cores bem contrastantes, para ajudar pessoas com deficiências graves na visão. Iniciar minimizado: Fará com que a janela de apresentação inicie-se minimizada. Mostrar 'Lente de aumento': A lente não é mostrada quando a opção está desmarcada.





















Teclado virtual
Esta ferramenta foi feita para os usuários que sofrem alguma dificuldade manual para usar o teclado. Quando aberta, uma tela semelhante à tela de abertura da lente de aumento será aberta. E o procedimento para que ela não se abra mais também é o mesmo:











Agora você está de cara com um teclado virtual. Para usá-lo, basta clicar na tecla correspondente, com o foco na janela que você deseja "digitar" o texto. O programa permite até que você modifique o tipo de teclado. No menu Teclado você encontrará as opções para modificar a quantidade de teclas.









Como você pode perceber na imagem acima, também existem as opção Teclado Padrão e Teclado Avançado. Na foto abaixo você tem uma foto do teclado virtual no modelo padrão (sem a parte numérica na extremidade esquerda).











O teclado virtual também lhe dá a opção de mudar a forma de digitar e não apenas com o clique do mouse. Basta ir em Menu Configurações > Modo de digitação (no Menu Configurações há outras opções relacionadas a configuração do teclado virtual, vale a pena você dar uma espiada).

Clique para selecionar: A opção padrão do teclado, na qual você clica em alguma tela para que ela seja digitada.
Focalizar para selecionar: Esta opção permite que uma tecla seja digitada apenas mantendo o cursor do mouse pousado sobre ela. Em Tempo mínimo para focalizar você irá configurar o tempo que o cursor ficará pousado para que a tecla seja considerada como digitada.
Joystick ou tecla para focalizar: Esta opção não é muito utilizada, mas ela é parecida com a opção acima, porém você usaria um joystick para escolheras teclas.

GUIA LEGAL — Síntese da legislação federal para pessoas portadoras de deficiência visual


Este Guia, uma síntese da legislação federal em vigor relativa ao portador de deficiência visual, vem a público em três versões: em braille, em caracteres ampliados e em formato convencional. Pretende, assim, estar ao alcance do maior número de leitores, a começar por aqueles que são a própria razão de ser das leis e normas de que se dá notícia. Para ter baixar uma cópia do Guia, acesse aqui.

Fonte: Câmara dos Deputados - Acessibilidade no Portal

28.2.08

Acessibilidade em Flash


O Flash já foi um alvo de muitas críticas, incluindo do famoso Jakob Nielsen, pai da usabilidade, sobre suas deficiências ao gerar conteúdos acessíveis.
Bom, a Macromedia, atualmente Adobe, contratou o próprio Jakob Nielsen, autor das maiores críticas, como consultor para melhorar o programa. O resultado foi o surgimento de um painel novo, além de novas características em outros painéis.
Vamos ver como utilizar estes painéis da forma correta, aplicando ao documento, menus e campos de texto.
Para este manual básico, estarei utilizando a versão CS3 do Flash, mas as mesmas ferramentas e painéis são encontradas nas versões MX 2004 e 8.

Quer ler na íntegra? Acesse aqui

Por Carlos Tristacci

Fonte: UOL Tecnologia

27.2.08

Cine Professor - Sugestão de filmes

Vermelho Como o Céu

Em uma pequena vila da Toscana (Itália) vive Mirco (Luca Capriotti), que aos dez anos já é um entusiasta do cinema. Certo dia, ao brincar com um rifle do pai, um tiro acidental lhe atinge a cabeça. O garoto sobrevive, mas perde a visão. Impedido de se matricular na escola pública regular, é enviado ao Instituto David Chiossone de Gênova, exclusivo para cegos. Nos turbulentos anos da década de 1970, período de protestos políticos e manifestações estudantis, a lei italiana considerava indivíduos cegos inválidos e, portanto, privados de certos direitos. E é justamente nessa instituição especial que Mirco encontra um velho gravador de som e descobre um universo novo, mágico. Essa e outras aventuras do menino (como reunir colegas e visitar uma sala de cinema às escondidas) fazem com que ele seja expulso do colégio. O interessante é que o fato desencadeia inúmeras reações populares em defesa do garoto e, conseqüentemente, da cidadania e educação.


Gênio Indomável
Entre a genialidade e a rebeldia. Assim pode ser definida a tensão vivida pelo jovem órfão Will Hunting (Matt Damon), funcionário de limpeza e manutenção do Instituto Tecnológico de Massachusetts (EUA). A trajetória do protagonista tem início quando um dos professores da instituição, Gerald Lambeau (Stellan Skarsgard), desafia a turma com um problema de matemática enigmático no quadro negro. Dias depois, ele é surpreendido com a resolução do exercício em uma das lousas do corredor da sala de aula. O mesmo acontece com uma segunda equação. E, para a admiração de todos, Hunting, que pouco se dedicou aos estudos, é o responsável pelas façanhas. O professor, então, convida o garoto para integrar sua equipe. Mas como o jovem tem pendências com a polícia, por casos de agressão, a solução apontada pela justiça é, antes de tudo, encaminhá-lo a um terapeuta, Sean McGuire (Robin Williams). A narrativa, de maneira geral, evidencia a importância de se valorizar as potencialidades de cada pessoa e, acima de tudo, respeitar as diferenças. Tarefa de sensibilidade para todo educador!

Ficha técnica
Título original: Good Will Hunting
Diretor: Gus Van Sant
Elenco: Matt Damon, Robin Williams, Ben Affleck, Minnie Driver, Stellan Skarsgard, Casey Affleck e Cole Hauser
Roteiro: Ben Affleck e Matt Damon
Duração: 126 min.
Ano: 1997
País: EUA
Gênero: drama
Distribuição: Buena Vista International / Miramax Films


Meu Nome é Radio
A convivência respeitosa com a diversidade, sem dúvida, é o principal legado dessa produção. Delicado, o roteiro recria a atmosfera de uma comunidade na Carolina do Sul (EUA), no ano de 1976, onde vive Radio (Cuba Gooding Jr.), um jovem negro que tem deficiência mental. Em um dos passeios solitários pela cidade, o garoto se depara com o professor de Educação Física da T.L. Hanna High School, Harold Jones (Ed Harris), dando coordenadas em campo à equipe de futebol americano. Os alunos não poupam o desconhecido e Radio torna-se motivo de sarcasmo. A ocasião, entretanto, é o pontapé para uma relação de apreço e afeto entre o rapaz e o treinador. Jones convence a diretora Daniels (Alfre Woodard), apesar do histórico preconceituoso da instituição, de que Radio deve integrar o time. O enredo, entre outras finalidades, serve para reafirmar a idéia de que quando o professor cria um ambiente receptivo à diversidade, todos aprendem - juntos.

Ficha técnica
Título original: Radio
Diretor: Michael Tollin
Elenco: Cuba Gooding Jr., Ed Harris, Brent Sexton, Sarah Drew e Debra Winger
Roteiro: Mike Rich
Duração: 109 min.
Ano: 2003
País: EUA
Gênero: drama
Distribuição: Columbia Pictures / Sony Pictures Entertainment
Site oficial: www.sonypictures.com/movies/radio

MAIS SUGESTÕES

Deficiência auditiva

A música e o silêncio
Filhos do silêncio
Adorável professor
O piano
O país dos surdos
The Dancer
Black
O filme surdo de Beethoven
Los amigos
Querido Frankie
Tortura silenciosa
And Now Tomorrow
Cop Land

Deficiência física

A força de um campeão
Amargo regresso
Carne trêmula
Feliz ano velho
Nascido em 4 de Julho
O óleo de Lorenzo
Uma janela para o céu (Parte 1 e 2)
Dr. Fantástico
Johnny vai à guerra
Meu pé esquerdo

Deficiência mental

Forrest Gump, o contador de histórias
Gaby, uma história verdadeira
Gilbert Grape - Aprendiz de sonhador
Meu filho, meu mundo
Nell
Nick and Gino
O oitavo dia
Rain Man
Simples como amar
Uma lição de amor
Shine - Brilhante
Loucos de amor
Uma mente brilhante
Jornada da alma
Eu me chamo Elisabeth
Os melhores dias de nossas vidas

Deficiência múltipla

Amy
Helen Keller and Her Teacher
O milagre de Anne Sullivan (br) / O milagre de Helen Keller (pt)
The Unconquered (Helen Keller in Her Story)
Cegos, surdos e loucos
Sob suspeita
Uma lição de amor
Experimentando a vida

Deficiência visual

Além dos meus olhos
Perfume de mulher
À primeira vista
Dançando no escuro
Castelos de gelo
Ray
Quando só o coração vê
Um clarão nas trevas
Jennifer 8 - A próxima vítima
La symphonie pastorale


21.2.08

Cartilha - O ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

A Lei 7.853/89, o Decreto 3.298/99 e outras normas infraconstitucionais e infralegais refletem certa distorção em relação ao que se extrai da Constituição Federal e da Convenção da Guatemala.

Os termos constantes destas normas, ao garantir às pessoas com deficiência o direito de acesso ao ensino regular “sempre que possível”, “desde que capazes de se adaptar”, refletem uma época histórica em que a integração esteve bastante forte, principalmente no Brasil. Na ótica da integração é a pessoa com deficiência que tem de se adaptar à sociedade, e não necessariamente a sociedade é que deve criar condições para evitar a exclusão. A integração é, portanto, a contraposição do atual movimento mundial de inclusão. Neste, existe um esforço bilateral, mas é principalmente a sociedade que deve impedir que a exclusão ocorra.

Grande parte dos professores continua na ilusão de seus alunos apresentarão um desempenho escolar semelhante, em um mesmo tempo estipulado pela escola para se aprender um dado conteúdo escolar. Esquecem-se de suas diferenças e especificidades. Apesar de saberem que os alunos são pessoas distintas umas das outras, lutam para que o processo escolar os tornem iguais.

Todos os alunos deveriam ser avaliados pelos progressos que alcançaram nas diferentes
áreas do conhecimento e a partir de seus talentos e potencialidades, habilidades naturais e construção de todo tipo de conhecimento escolar. Lembre-se que a LDBEN dá ampla liberdade às escolas quanto à forma de avaliação, não havendo a menor necessidade de serem mantidos os métodos usuais.

Estas e outras informações importantes, você pode encontrar diretamente na cartilha.

O ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR