O desenvolvimento do pensamento, mais que um simples processo lógico, desenvolve-se em resposta a desafios vitais. Sem o desafio da vida o pensamento fica a dormir... O pensamento se desenvolve como ferramenta para construirmos as conchas que a natureza não nos deu. (Rubem Alves)

25.10.06

Livro Educação Inclusiva






A Rede SACI atua como facilitadora da comunicação e da difusão de informações sobre deficiência, visando a estimular a inclusão social e digital, a melhoria da qualidade de vida e o exercício da cidadania das pessoas com deficiência.

Faça o download aqui

Ser Diferente é Normal

Sentidos - A inclusão social da pessoa com deficiência
25/10/2006

Brasília vive dia de inclusão e protesto contra decisão discriminatória de juiz

Comentário SACI: Notícia do dia 23/10/2006
Patricia Almeida

Muita, diversão, conscientização, e informação - o II Festival Ser Diferente é Normal - Jogos da Inclusão, que aconteceu esta manhã no Parque da Cidade, em Brasília, reuniu cerca 2000 pessoas que aprenderam de um jeito diferente que ninguém é igual. Na oportunidade foram colhidas assinaturas contra a decisão do juiz de São Paulo de que uma criança com síndrome de Down não deve frequentar escola particular.

(Veja a matéria na integra, clicando no título)

24.10.06

SUGESTÃO DE LIVROS ON LINE






A sugestão deste site encontrei no Bloguinfo da colega Sintian. Vale a pena conferir. As histórias são narradas em espanhol, mas com certeza para os alunos com deficiência visual ou não é uma experiência enriquecedora, aprender algumas palavrinhas em outra língua.

NOVIDADES PARA DEFICIENTES VISUAIS NO SITE DA NOVA ESCOLA

NOVA ESCOLA ON LINE

NOVA ESCOLA, a primeira revista do Brasil a oferecer o seu conteúdo para pessoas com deficiência visual que utilizam o sintetizador de voz DOSVOX .

A Discover, empresa parceira da Fundação Victor Civita neste projeto, criou o sistema de navegação no arquivo de NOVA ESCOLA adaptado para o DOSVOX.
O
DOSVOX é um sistema para microcomputadores que se comunica com a pessoa que tem deficiência visual por meio de síntese de voz. O software é gratuito e foi desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faça o download aqui.

19.10.06

SUGESTÃO DE BRINQUEDOS ADAPTADOS

Brinquedo composto de nove placas recortadas em material leve e macio, em cores diferentes, nas seguintes formas: Quadrado, Triângulo, Círculo, Retângulo, Losango, Oval, Coração, Estrela, Hexágono Cada placa tem inscrito o nome em braille e em tinta. Em toda a volta das figuras encontram-se furos. Acompanham 9 cadarços nas cores das placas.

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Caixa contendo 28 retângulos de material emborrachado preto com 5x2,5 cm. Cada retângulo possui nas duas pontas um pequeno círculo de cor e textura diferente.

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Tabuleiro de EVA amarelo medindo 36 x 24 cm com tiras de 0,5 cm de espessura, formando 24 quadrados de 5,5 cm. Contém 24 peças quadradas de EVA vermelho, medindo 5 cm cada, formando 12 pares com texturas (algodão, cortiça, tela de nylon, tela plástica, feltro, lixa, carpete, espuma, pelúcia, papel canelado, tapete emborrachado com listras em revelo, tapete emborrachado com bolinhas em relevo), que se encaixam nos quadrados do tabuleiro.

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Tabuleiro feito de EVA nas cores preto e vermelho, medindo 32 x 32 cm, com recorte em ângulo do lado direito superior. Possui 3 colunas com 3 quadrados em cada uma, medindo 10,2 cm divididos por tiras de 0,5 cm de espessura. Contém 5 círculos de EVA amarelos de 8 cm de diâmetro e 5 peças vermelhas no formato de X, medindo 7 x 7 cm.

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Dama
Tabuleiro de dama em madeira (modelo padrão), com velcro (macho) colado nos quadrados pretos. Contém 24 peças em EVA com texturas (12 com lixa e 12 lisas) e 12 damas (peças duplas coladas, sendo 6 com lixa e 6 lisas). Todas as peças possuem velcro (fêmea) colado na parte de baixo para que sejam fixadas no tabuleiro.

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Trilha
Tabuleiro de trilha em madeira (modelo padrão), com 24 pontos circulares nos quais são colados velcro (macho) e um ponto é ligado ao outro por tiras de lixa coladas. Contém 18 peças (9 com feltro e 9 lisas), com velcro (fêmea) colado na parte de baixo para que sejam fixadas no tabuleiro.

18.10.06

REVISTA NOVAESCOLA

SUGESTÃO DE LEITURA

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ACESSE O SITE DA REVISTA NOVAESCOLA E APROVEITE ESTA MARAVILHOSA REPORTAGEM SOBRE INCLUSÃO, QUE SÓ VEM A ACRESCENTAR EM NOSSA PRÁTICA DIÁRIA.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Já está nas bancas a edição especial NOVA ESCOLA - INCLUSÃO.


CONTEÚDO ON LINE (site da Revista Novaescola- Clique no título e acesse)

Para não falar errado

Saiba como se relacionar e conversar com pessoas com deficiência e como falar a respeito delas, acesse os links abaixo, produzidos pelo professor Romeu Kazumi Sassaki, consultor em Inclusão Social, de São Paulo.

Terminologia na era da Inclusão
Como as pessoas que têm deficiência foram chamadas ao longo da história
Devemos dizer portadores de deficiência ou pessoas com deficiência?
Nomenclatura na área da surdez
Comportamentos inclusivos
Deficiência mental ou intelectual?

O papel da gestão nas escolas inclusivas

Num ambiente que acolhe todas as crianças, coordenadores e gestores têm papel fundamental. Saiba por que no artigo escrito por Maria do Carmo Andrade Franco da Rosa e Maria Helena Pereira Pelúcio, da Escola Municipal Professora Cândida Junqueira, de Três Corações (MG).

17.10.06

Complementações Curriculares Específicas

SOROBÃ
MATEMÁTICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL


Dependendo do nível do funcionamento visual, os procedimentos diferirão de modo a proporcionar também os meios necessários para a aprendizagem. Cabe ao professor proceder de forma a não caracterizar interesse especial pelo aluno ou superproteção, mas atendê-lo conforme suas necessidades específicas para que tenha acesso ao conteúdo desenvolvido em sala de aula. A propósito, sugerimos, como norma, os seguintes procedimentos:

• expressar verbalmente, sempre que possível, o que esteja sendo representado no quadro;
• verificar se o aluno acompanhou a problematização e efetuou seu próprio raciocínio;
• dar tempo suficiente para o aluno levantar dúvidas, hipóteses de resolução do problema e
demonstração do raciocínio elaborado;
• procurar não isentar o aluno das tarefas escolares, seja em classe ou em casa;
• recorrer ao professor especializado, no sentido de valer-se dos recursos necessários em tempo, a
fim de evitar lacunas no processo de aprendizagem da Matemática.
A idade em que ocorreu a deficiência do aluno é fator de fundamental importância para o trabalho do professor, considerando-se que, via de regra, a criança que vê vivência situações variadas e com mais freqüência do que a deficiente, o que lhe dá uma bagagem maior de informações, que poderão
influir diretamente no rendimento escolar.
Conceitos espaço-temporais, noções práticas relativas a peso, medidas e quantidades e outras utilizadas na vida, como compra e venda, troco, leitura de horas, cálculo de distâncias, etc.
são vivenciados, a todo momento, pelas crianças de visão normal.
Uma das formas de compensar essa desvantagem é a atuação dos professores, orientando os familiares do aluno deficiente para que lhe sejam proporcionadas tais vivências, indispensáveis na vida prática.

O Sorobã
Aspectos históricos
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O sorobã ou ábaco, aparelho de cálculo de procedência japonesa, adaptado para o uso de deficientes de visão, vem merecendo crescente aceitação no ensino especializado, em
virtude da rapidez e da eficiência na realização das operações matemáticas (adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação, potenciação), de seu baixo custo e de sua grande
durabilidade.

No Brasil, o sorobã foi adaptado para uso de cegos em 1949, por Joaquim Lima de Moraes. Hoje, o uso do sorobã é de valor reconhecido por professores especializados e pessoas cegas, e ainda requer uma orientação precisa e objetiva sobre as técnicas apropriadas para sua utilização. Seu emprego na
aprendizagem da Matemática faz parte do currículo do Ensino Fundamental para alunos com deficiência visal, sendo adotado pelo sistema educacional em todo território nacional.

Descrição do Instrumento

O sorobã ou ábaco é um instrumento matemático, manual, que se compõe de duas partes, separadas por uma régua horizontal, chamada particularmente de “régua de numeração”. Na sua parte inferior apresenta 4 contas em cada eixo. A régua apresenta, de 3 em 3 eixos, um ponto em relevo,
destinado, principalmente, a separar as classes dos números.
Há sorobãs que apresentam 13, 21 ou 27 eixos, sendo que o mais comum entre nós é o de 21 eixos, utilizado pelo cego, a partir do início da alfabetização, percorrendo toda a vida escolar do aluno com uso incorporado a sua vida cotidiana.

A tarefa do professor de classe precisará ser desenvolvida em estreito entrosamento com o professor especializado, do qual ele obterá as orientações que julgar necessárias, sem transferir para este, o encargo de ministrar os conteúdos programáticos.
Preliminarmente, o professor precisará obter informações básicas com referência ao aluno deficiente, de acordo com o nível de estudos dos símbolos matemáticos usados:

• se dispõe de livro-texto adequado ou material transcrito no Sistema Braille;
• se utiliza o sorobã como recurso necessário para o aprendizado da Matemática;
• se realiza cálculo mental;
• se dispõe de recursos pedagógicos adaptados (blocos lógicos, material dourado, Tangran, ábaco,
cubaritmo).

8.10.06

3.10.06

III Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores


Sou Humano

Claudia Werneck

Texto extraído do livro Você é gente? O direito de nunca ser questionado sobre o seu valor humano, de Claudia Werneck.

"O momento é delicado porque muitas das próprias pessoas com deficiência não se consideram sujeitos de direitos e sim de, no máximo, alguns direitos especiais como, por exemplo, ingressar na universidade ou estar empregado. Tenhamos cuidado com os "direitos especiais", pois eles jamais combinam com inclusão.
Muitos são os manuais recém-lançados disseminando leis municipais, estaduais e nacionais sobre os direitos de pessoas com deficiência. Mas nem mesmo o conhecimento das legislações nacional e internacional disponíveis garante a alguém a percepção correta de seu valor humano, pois as pessoas com deficiência, por exemplo, são tão mal preparadas para lidar com sua humanidade como aquelas sem deficiência. É essa a questão central que vem me mobilizando há anos e gerou o projeto Quem cabe no seu TODOS?.
Expandir a consciência social dos adolescentes e jovens brasileiros para que nela caibam todos os humanos. Essa tem sido a minha busca e a dos projetos da Escola de Gente.
Ao nosso lado estão muito mais registros de violação de direitos de pessoas com deficiência do que podemos imaginar.
No ano de 2002, recebi um grupo de universitários de medicina para uma entrevista sobre inclusão a ser inserida em um trabalho acadêmico que deveriam apresentar. Depois de aproximadamente duas horas conversando, um dos universitários me contou o seguinte: havia, na ala de queimados do hospital público em que ele atuava, um homem bastante machucado que praticamente não se queixava de dor, o que chamava a atenção de médicos, enfermeiros e atendentes. Ele não recebia visitas de familiares, amigos, era muito solitário. As anotações em seu prontuário no que se referia a analgésicos eram raríssimas, fato não-compatível com seu estado. Até que um médico resolveu esclarecer este mistério e descobriu que este paciente era surdo, não-oralizado, e sentia muita dor, sim, só não conseguia expressar isso, porque, imobilizado por causa das queimaduras, não mexia as mãos nem outras partes de seu corpo.
De que modo se sente uma pessoa quando o mundo não reconhece como humano o seu modo de falar, de se expressar, de andar, de se locomover, de ver, de não ver...? "


2.10.06

INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT

Olá pessoal, hoje visitanto o site do Instituo Benjamin Constant encontrei fotos maravilhosas que demonstram um pouco do trabalho com as crianças deficientes visuais. Lá no site você encontra informações riquíssimas e mais uma seleção de fotos. Aqui postei só algumas para ilustrar.


ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE NO JARDIM DE INFÂNCIA: Os alunos, de modo geral, aprendem a usar os obstáculos como fator de orientação.




MÃOS DADAS NO CONTRALUZ: É comum ver as crianças de visão subnormal orientarem as demais. Nestes casos, o que se estabelece não é uma relação de poder, mas uma sincera e natural integração, que passa pela amizade e compreensão das reais necessidades de cada um.



PROCURA-SE UM CHINELO: Uma das preocupações fundamentais na educação dos deficientes visuais é torná-los, tanto quanto possível, independentes. Ao permitir que a criança procure seu próprio chinelo, as educadoras oferecem meios pela ela construir a sua autonomia.

MÁQUINA BRAILLE


MÁQUINA BRAILLE: AGORA SERÁ BRASILEIRA

São meninos e meninas que têm os mesmos direitos de qualquer outra criança, inclusive o de aprender a ler e a escrever. No caso das crianças com deficiência visual, é fundamental o acesso à Máquina Braille. Criada há mais de 50 anos nos Estados Unidos, ela representa para o cego o que a caneta ou o lápis significam para a vida diária da pessoa com visão normal.No entanto, seu preço entre 600 a 700 dólares faz com que chegue ao nosso país, com impostos e custos comerciais adicionais, entre 5.000 a 6.000 reais. “É um valor incompatível com a realidade brasileira. Foi por isso, e pelo convívio com nossa filha cega, Lara, que desde a fundação da Laramara, há 14 anos, perseguimos obsessivamente o projeto de nacionalização da Máquina Braille”, enfatiza Victor Siaulys, presidente do Conselho Deliberativo
da instituição.



(Veja mais sobre a matéria clicando no título)

O Sistema Braille: Processo de Leitura e Escrita

UM POUCO DE HISTÓRIA

O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas, inventado na França, por Louis Braille, um jovem cego. O ano de 1825 é reconhecido como
o marco dessa importante conquista para a educação e a integração das pessoas com deficiêcia visual na sociedade.
Antes desse invento histórico, registraram-se inúmeras tentativas em diferentes países, no sentido de encontrar um meio que proporcionasse às pessoas cegas condições de ler e escrever. Dentre essas tentativas, destaca-se o processo de representação dos caracteres comuns com linhas em alto relevo, adaptado pelo francês Valentin Hauy, fundador da primeira escola para cegos no mundo, em 1784, na cidade de Paris, denominada Instituto Real dos Jovens Cegos.
Foi nessa escola, onde os estudantes cegos tinham acesso apenas à leitura, pelo processo de alentin Hauy, que estudou Louis Braille. Até então, não havia recurso que permitisse à pessoa cega comunicar-se pela escrita individual.
Louis Braille, ainda jovem estudante, tomou conhecimento de uma invenção denominada sonografia ou código militar, desenvolvida por Charles Barbier, oficial do exército francês. O invento tinha como objetivo possibilitar a comunicação noturna entre oficiais nas campanhas de guerra.
Baseava-se em doze sinais, compreendendo linhas e pontos salientes, representando sílabas na língua francesa. O invento de Barbier não logrou êxito no que se propunha, inicialmente. O bem intencionado oficial levou seu invento para ser experimentado entre as pessoas cegas do Instituto Real dos Jovens Cegos.
A significação tátil dos pontos em relevo do invento de Barbier foi a base para a criação do Sistema Braille, aplicável tanto na leitura como na escrita por pessoas cegas e cuja estrutura diverge fundamentalmente do processo que inspirou seu inventor. O sistema braile, utilizando seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas, possibilita a formação de 63 símbolos diferentes que são empregados em textos literários nos diversos idiomas, como também nas simbologias matemática e científica, na música e, recentemente, na Informática.
A partir da invenção do Sistema Braille, em 1825, seu autor desenvolveu estudos que resultaram, em 1837, na proposta que definiu a estrutura básica do sistema, ainda hoje utilizada mundialmente. Comprovadamente, o sistema braile teve plena aceitação por parte das pessoas cegas, tendo-se registrado, no entanto, algumas tentativas para a adoção de outras formas de leitura e escrita e, ainda outras, sem resultado prático, para o aperfeiçoamento da invenção de Louis Braille.
Apesar de algumas resistências mais ou menos prolongadas em outros países da Europa e nos Estados Unidos, o sistema braile, por sua eficiência e vasta aplicabilidade, se impôs definitivamente como o melhor meio de leitura e de escrita para as pessoas cegas.
Consta do arranjo de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos, configurando um retângulo de seis milímetros de altura por dois milímetros de largura. Os seis pontos formam o que se convencionou chamar “cela braile”. Para facilitar sua identificação, os pontos são numerados da seguinte forma:


• do alto para baixo, coluna da esquerda: pontos 1-2-3;
• do alto para baixo, coluna da direita: pontos 4-5-6.

1 • • 4
2 • • 5
3 • • 6

Conforme combinados os pontos entre si, formar-se-ão as letras; por exemplo, o ponto 1, sozinho, representa o “a”.

1 • o4
2 o o5
3 o o6

É fácil saber qual dos pontos está determinado, pois são colocados sempre na mesma disposição.
As diferentes disposições desses seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolo braile.

Necessidades Especiais e Adaptações Específicas


Além dessas adaptações de acesso, genéricas, tem-se ainda como exemplos de adaptações mais específicas:

Para atender a necessidades especiais comuns em alunos com deficiência visual
  • Posicionar o aluno de forma a favorecer sua possibilidade de ouvir o professor;
  • dispor o mobiliário da sala de forma a facilitar a locomoção e o deslocamento do aluno, e evitar acidentes, quando este precisar obter materiais ou informações do professor;
  • dar explicações verbais sobre todo o material abordado em sala de aula de maneira visual; ler, por exemplo, o conteúdo que escreve na lousa;
  • oferecer suporte físico, verbal e instrucional para a locomoção do aluno, no que se refere à orientação espacial e à mobilidade;
  • utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis: pranchas, presilhas para evitar o deslizamento do papel na carteira, lupa, material didático de tipo ampliado, livro falado, equipamento de informática, materiais desportivos como bola de guizo, etc.

Ajustes que Cabem ao Professor Realizar


No que se refere aos ajustes que cabem ao professor desenvolver e implementar para garantir o acesso do aluno com necessidades especiais a
todas as instâncias do currículo escolar, encontram-se, de maneira geral:

  • criar condições físicas, ambientais e materiais para a participação do aluno com necessidades especiais na sala de aula;
  • favorecer os melhores níveis de comunicação e de interação do aluno com as pessoas com os quais convive na comunidade escolar;
  • favorecer a participação do aluno atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários;
  • adaptar materiais de uso comum em sala de aula;
  • adotar sistemas alternativos de comunicação, para os alunos impedidos de comunicação oral, tanto no processo de ensino e aprendizagem como no processo de avaliação;
  • favorecer a eliminação de sentimentos de inferioridade, de menos valia, ou de fracasso.nas atividades escolares;

ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE PEQUENO PORTE


As Adaptações Curriculares de Pequeno Porte (Adaptações Não Significativas)
são modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma
a permitir e promover a participação produtiva dos alunos que apresentam
necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem, na escola
regular, juntamente com seus parceiros coetâneos1. São denominadas de
Pequeno Porte2 (Não Significativas) porque sua implementação encontra-se
no âmbito de responsabilidade e de ação exclusivos do professor, não
exigindo autorização, nem dependendo de ação de qualquer outra instância
superior, nas áreas política, administrativa, e/ou técnica.

Elas podem ser implementadas em várias áreas e momentos da atuação
do professor: na promoção do acesso ao currículo, nos objetivos de ensino,
no conteúdo ensinado, no método de ensino, no processo de avaliação, na
temporalidade.

A primeira instância na qual o professor deve promover as adaptações que favorecerão a experiência produtiva da escolaridade para todos os seus alunos é na elaboração do Plano de Ensino. Ao fazer isso, o professor deve estar aberto para a constatação da diversidade presente no seu grupo de alunos e para a ela responder no âmbito da sua ação pedagógica.

Seu planejamento, assim, deverá considerar a diversidade, estando alerta para as características individuais, o que envolve:
  • a organização do espaço e dos aspectos físicos da sala de aula;
  • a seleção, a adaptação e a utilização de equipamentos e mobiliários de forma a favorecer a
    aprendizagem de todos os alunos;
  • o planejamento das estratégias de ensino que pretende adotar em função dos objetivos pedagógicos e conseqüentes conteúdos a serem abordados;
  • a pluralidade metodológica tanto para o ensino como para a avaliação;
  • a flexibilização da temporalidade.

INCLUSÃO NA ESCOLA


Na Escola

• Criança com olhos irritados que esfrega as mãos neles, aproxima muito para ler ou escrever, manifesta dores de cabeça, tonturas, sensibilidade excessiva à luz, visão confusa, deve ser encaminhada a um oftalmologista.
• Todo defi ciente visual, por amparo legal, pode freqüentar escola da rede
regular de ensino (público ou particular).
• Se a criança enxerga pouco deverá estar na primeira fi la, no meio da sala ou com distância sufi ciente para ler o que está escrito no quadro.
• A incidência de refl exo solar e/ou luz artifi cial no quadro negro devem ser evitadas.
• Trate a criança defi ciente visual normalmente, sem demonstrar sentimentos de rejeição, subestimação ou superproteção.
• Todos podem participar de aulas de Educação Física e Educação Artística. Use o próprio corpo do defi ciente visual para orientá-lo.
• Trabalhos de pesquisa em livros impressos em tinta podem ser feitos em conjunto com colegas de visão normal.

1.10.06

SOCIALIZAÇÃO

• Ao encontrar uma pessoa cega na rua, pergunte se ela necessita de ajuda, tal como: atravessar a rua, apanhar táxi ou ônibus, localizar e entrar em uma loja, etc.
• Ofereça auxilio à pessoa cega que esteja querendo atravessar a rua ou tomar condução. Embora seu oferecimento possa ser recusado, ou mal recebido, por algumas delas, esteja certo de que a maioria lhe agradecerá o gesto.
• O pedestre cego é muito mais observador. Ele tem meios e modos de saber onde está e para onde vai, sem precisar estar contando os passos. Antes de sair de casa ele faz o que toda pessoa deveria fazer: procura saber bem o caminho a seguir para chegar a seu destino. Na primeira caminhada poderá errar um pouco, mas depois raramente se enganará. Saliências, depressões, quaisquer ruídos e odores característicos, tudo ele observa para sua boa orientação. Nada é sobrenatural.
• Em locais desconhecidos, a pessoa cega necessita sempre de orientação, sobretudo para localizar a porta por onde deseja entrar.
• Não tenha constrangimento em receber ajuda, admitir colaboração ou aceitar gentilezas por parte de uma pessoa cega. Tenha sempre em mente que solidariedade humana deve ser praticada por todos e que ninguém é tão incapaz que não tenha algo para dar.
• Ao guiar a pessoa cega basta deixá-la segurar seu braço que o movimento de seu corpo lhe dará a orientação de que ela precisa. Nas passagens estreitas, tome a frente e deixe-a seguí-lo, com a mão em seu ombro. Nos ônibus e escadas basta pôr-lhe a mão no corrimão.
• Quando passear com um cego que já estiver acompanhado não o pegue pelo outro braço, nem lhe fi que dando avisos. Deixe-o ser orientado só por quem o estiver guiando.
• Ao atravessar um cruzamento guie a pessoa cega em L, que será de maior segurança para você e para ela. Cruzamento em diagonal pode fazê-la perder a orientação.
• Para indicar a entrada em um carro faça a pessoa cega tocar com a mão na porta aberta do carro e com a outra mão no batente superior da porta. Avise-o se tem assento na dianteira, em caso de táxi.
• Ao bater a porta do automóvel, onde haja uma pessoa cega, certifi que-se primeiro de que não vai prender-lhe os dedos. Estes são sua maior riqueza.
• Se você encontrar uma pessoa cega tentando fazer compras sozinha em uma loja ou supermercado, ofereça-se para ajudá-la. Para ela é muito difícil saber a exata localização dos produtos, assim como escolher marcas e preços.
• Não “siga” a pessoa com defi ciência visual, pois ele poderá perceber sua presença, perturbando-se e desorientando-se. Oriente sempre que for necessário.
• O deficiente visual, geralmente, sabe onde é o terminal de seu ônibus. Quando perguntar por determinada linha é para certificar-se. Em um ponto de ônibus onde passam várias linhas o deficiente visual necessita de seu auxílio para identificar o ônibus que deseja apanhar. Se passar seu ônibus,
onde passa só uma linha, o deficiente visual o identificará pelo ruído do motor, abertura de portas, movimento de pessoas subindo e descendo, necessitando sua ajuda apenas para localizar a porta. Em trajetos retos, sem mudança do solo, o cego não pode adivinhar o ponto onde irá descer
e precisará de sua colaboração. Em trajetos sinuosos ou que modificam o solo ele faz seu esquema mental e desce em seu ponto, sem precisar de auxílio. Quando você for descer de um ônibus e perceber que uma pessoa cega vai descer no mesmo ponto ofereça sua ajuda. Ela necessitará de sua ajuda para atravessar a rua ou informações sobre algum ponto de referência.
• Ajude a pessoa cega que pretende subir em um ônibus colocando sua mão na alça externa vertical e ela subirá sozinha, sem necessidade de ser empurrada ou levantada.
• Dentro do ônibus não obrigue a sentar-se, deixando à sua escolha. Apenas informe-o onde há lugar colocando sua mão no assento ou no encosto caso ele deseje sentar-se.
• Constituem grande perigo para os defi cientes visuais os obstáculos existentes nas calçadas tais como lixeiras, carros, motos, andaimes, venezianas abertas para fora, jardineiras, árvores cujos troncos atravessam a calçada, tampas de esgotos abertas, buracos, escadas, andaimes, etc.

A INTERAÇÃO SOCIAL COM A PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA VISUAL















Considerações Gerais
• Não se refi ra à cegueira como um infortúnio. Ela pode ser assim encarada logo após a perda da visão, mas a orientação adequada, a educação especial, a reabilitação e a profi ssionalização conseguem minimizar os seus efeitos.
• A cegueira não é contagiosa, razão pela qual cumprimente seu vizinho, conhecido ou amigo cego, identifi cando-se, pois ele não o enxerga.
• A cegueira não restringe o relacionamento com as pessoas nem com o meio ambiente, desde que as pessoas com as quais o cego conviva não lhe omitam ou encubram fatos e acontecimentos, o que lhe trará muita insegurança ao constatar que foi enganado.
• O cego não enxerga a expressão fi sionômica e os gestos das pessoas. Por este motivo fale sobre seus sentimentos e emoções, para que haja um bom relacionamento.

• Não trate a pessoa como um ser diferente porque ela não pode enxergar. Saiba que ela está sempre interessada nos acontecimentos, nas notícias, nas novidades, na vida.
• O cego não tem a visão das imagens que se sucedem na TV, no cinema, no teatro. Quando ele perguntar, descreva a cena, a ação e não os ruídos e diálogos pois estes ele escuta muito bem.
• O cego organiza seu dinheiro com o auxílio de alguém de sua confi ança, que enxerga.
• Aqueles que aproximam o dinheiro do rosto para identifi cá-lo são pessoas com baixa visão.
• Não generalize aspectos positivos ou negativos de uma pessoa cega que você conheça, estendendo-os a outros cegos. Não se esqueça de que a natureza dotou a todos os seres de diferenças individuais mais ou menos acentuadas. O que os cegos têm em comum é a cegueira, porque cada um tem sua própria maneira de ser.
• Procure não limitar as pessoas cegas mais do que a própria cegueira o faz, impedindo-as de realizar o que elas sabem, e devem fazer sozinhas.
• Ao se dirigir a uma pessoa cega chame-a pelo seu nome. Chamá-la de cego ou ceguinho é desrespeitoso.
• A pessoa cega não necessita de piedade e sim de compreensão, oportunidade, valorização e respeito como qualquer pessoa. Mostrar-lhe exagerada solidariedade não a ajuda em nada.
• Não fale com a pessoa cega como se ela fosse surda. Ao procurar saber o que ela deseja, pergunte a ela e não a seu acompanhante.
• O cego tem condições de consultar o relógio (adaptado) , discar o telefone ou assinar o nome, não havendo motivo para que se exclame “maravilhoso”, “extraordinário”.
• A pessoa cega não dispõe de “sexto sentido”, nem de “compensação da natureza”. Isto são conceitos errôneos. O que há na pessoa cega é simples desenvolvimento de recursos latentes que existe em todas as pessoas.
• Conversando sobre a cegueira com quem não vê, use a palavra cego sem rodeios.
• Ao ajudar a pessoa cega a sentar-se, basta pôr-lhe a mão no espaldar ou no braço da cadeira, que isto indicará sua posição, sem necessidade de segurá-lo pelos braços ou rodar com ele ou puxá-lo para a cadeira.
• Cuide para não deixar nada no caminho por onde uma pessoa cega costuma passar.
• Ao entrar no recinto ou dele sair, onde haja uma pessoa cega, fale para anunciar sua presença e identifi que-se.
• Quando estiver conversando com uma pessoa cega, necessitando afastarse, comunique-o. Com isso você evitará a desagradável situação de deixá-la falando sozinha, chamando a atenção dos outros sobre si.

• Ao encontrar-se com uma pessoa cega, ou despedir-se dela, aperte-lhe a mão. O aperto de mão cordial substitui para ela o sorriso amável.
• Ao encontrar um cego que você conhece, vá logo dizendo-lhe quem é, cumprimentando-o. Colocações como “Sabe quem sou eu?”... “Veja se adivinha quem está aqui...” “Não vá dizer que não está me conhecendo ...” Só o faça se tiver realmente muita intimidade com ele.
• Apresente seu visitante cego a todas as pessoas presentes. Assim procedendo você facilitará a integração dele ao grupo.
• Ao notar qualquer incorreção no vestuário de uma pessoa cega comuniquelhe.
• Muitos cegos têm o hábito de ligar a luz, em casa ou no escritório. Isso lhe permite acender a luz para os outros e, não raro, ela própria prefere trabalhar com luz. Os que enxergam pouco (baixa visão) benefi ciam-se com o uso da luz.
• Ao dirigir-se ao cego para orientá-lo quanto ao ambiente, diga-lhe: a sua direita, a sua esquerda, para trás, para frente para cima ou para baixo. Termos como aqui ou ali não lhe servem de referência.
• Encaminhe bebês, crianças, adolescentes ou adultos com defi ciência visual, que não receberam atendimento especializado, aos serviços de Educação Especial.
• O uso de óculos escuro para os cegos tem duas fi nalidades: de proteção do globo ocular e estética quando ele próprio preferir.
• Quando se dispuser a ler para uma pessoa cega, jornal, revista, etc., pergunte a ela o que deseja ser lido.